No Brasil, a educação bilíngue conquista cada vez mais espaço.
É senso comum que conhecer um idioma além do português é essencial. Não somente por facilitar a comunicação em escala mundial pela proficiência nas duas línguas, mas também por desenvolver o pensamento crítico, a apreciação e o respeito em relação a outras culturas.
O que poucos sabem é que ser bilíngue também traz vantagens para o cérebro. O primeiro desses benefícios está estritamente ligado à percepção e ao raciocínio. Ao alternar as diferentes áreas da escrita, da fala e da audição entre os dois idiomas, o cérebro se torna mais rápido e flexível.
Segundo estudos, o potencial da primeira infância em todos os sentidos na vida é comprovado. As crianças de até 10 anos estão mais propensas a armazenar novas informações por apresentar maior plasticidade cerebral – capacidade que o cérebro tem em se remodelar por meio de novas sinapses na estrutura neural, a partir das experiências vividas. Com isso, a memória também é beneficiada.
Os indivíduos bilíngues também tendem a ter uma capacidade maior de se manterem focados, a desenvolverem o pensamento abstrato e as habilidades analíticas. As atitudes são favorecidas da mesma forma por apresentarem flexibilidade diante de situações diferentes ou inesperadas que exijam rápida adaptação. Por isso a importância de surpreender sempre com atividades lúdicas que propiciem a vivência de novas práticas e experiências, em um ambiente que encoraje a espontaneidade, a concentração e a receptividade, sem tensão ou ansiedade.
A educação bilíngue é um processo dinâmico. Quanto mais cedo o indivíduo for exposto ao bilinguismo, mais aprimorado será o potencial mental, que é enorme e que está sempre pronto a ser ocupado com múltiplas aprendizagens, atividades e relações.